Na última segunda-feira (16), o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) recebeu uma importante notícia: as autoridades chilenas reconheceram o Estado do Espírito Santo como zona livre da Doença de Newcastle, uma doença viral altamente contagiosa que afeta diversas espécies de aves.
Para o diretor-geral do Idaf, Leonardo Cunha Monteiro, esse reconhecimento é um marco significativo para a avicultura capixaba. Ele afirmou que esse avanço abre novas portas para a exportação de produtos avícolas para o Chile, além de representar uma oportunidade para fortalecer a geração de renda e dinamizar o setor. “Além disso, esse reconhecimento reforça a credibilidade sanitária do Estado no mercado internacional”, disse o diretor.
A trajetória para essa conquista começou em 2019, quando o Espírito Santo passou por um processo de avaliação técnica detalhada. Leandro Marinho, coordenador de sanidade avícola do Idaf, explicou que esse processo envolveu auditorias no Serviço Veterinário Oficial do Estado, além de inspeções em granjas de postura comercial e de corte, e até mesmo em um frigorífico sob inspeção federal. Ele destaca que a decisão do governo chileno, anunciada agora, é um reflexo da organização e do trabalho contínuo do setor avícola capixaba.
O Idaf, que tem se empenhado no monitoramento constante da Doença de Newcastle, realiza periodicamente exames do tipo PCR, além de ações de fiscalização e orientações para os produtores. Desde 2023, mais de 100 propriedades foram visitadas e amostras coletadas, como parte de um trabalho contínuo de vigilância, que também inclui a prevenção da influenza aviária.
A Doença de Newcastle, apesar de ser registrada em algumas regiões do Brasil, não ocorre no Espírito Santo desde 1996, principalmente devido às estratégias eficazes de defesa sanitária implementadas no Estado. A biosseguridade promovida pelos produtores, como o registro de granjas e a adoção de medidas rigorosas de controle sanitário, tem sido fundamental para evitar a disseminação da doença. Essa doença é conhecida por sua alta taxa de contágio entre aves, podendo causar grandes prejuízos econômicos devido à perda de produção e alta mortalidade.
