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Governo do Espírito Santo Atualiza Estratégias de Contingência para Influenza Aviária

O Governo do Espírito Santo, por meio do Comitê Gestor de Enfrentamento à Influenza Aviária (CGIA), se mantém em alerta após o registro do primeiro foco de gripe aviária em uma granja de reprodução no Rio Grande do Sul, no dia 15 de maio de 2025. Em reunião realizada nesta terça-feira (20), o comitê alinhou novas estratégias para fortalecer o controle do plantel capixaba e prevenir a propagação da doença.

Ações de Biossegurança e Monitoramento

O secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli, presidente do CGIA, ressaltou a importância da biossegurança para proteger os criatórios capixabas, principalmente neste momento crítico. “É fundamental reforçar os cuidados para evitar que o vírus chegue à avicultura comercial, que é um grande patrimônio de geração de emprego, renda e abastecimento de alimentos,” afirmou Bergoli.

O diretor-geral do Idaf, Leonardo Cunha Monteiro, destacou que o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) intensificará as fiscalizações nas granjas, monitorando as medidas de biossegurança. “Nosso sistema de defesa sanitária animal é robusto, mas é essencial que as exigências de biossegurança sejam cumpridas para minimizar os riscos de introdução do vírus,” explicou Monteiro.

Capacitação e Ações Emergenciais

O gerente de Defesa Sanitária e Inspeção Animal do Idaf, Raoni Cezana Cipriano, anunciou a realização de um novo treinamento para os profissionais do órgão, incluindo os novos servidores concursados. “Em 2023, capacitamos 86 profissionais, e agora vamos garantir que todos estejam preparados para lidar com as notificações e as ações necessárias, como a depopulação de granjas, caso seja necessário,” disse Cipriano.

A coordenação de sanidade avícola do Idaf também participará de um exercício de emergência zoossanitária em junho, no município de Bastos (SP), organizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), para aprimorar as estratégias de resposta rápida em caso de surtos.

Parceria entre Órgãos Públicos e Privados

O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) tem coordenado as ações com as empresas responsáveis pelo monitoramento das praias e ilhas do Estado. A integração visa unificar os canais de comunicação para a detecção de aves marinhas contaminadas, permitindo uma resposta rápida e eficaz caso o vírus seja detectado.

Segurança no Consumo de Produtos Avícolas

O diretor executivo da Associação dos Avicultores do Espírito Santo (Aves), Nélio Hand, tranquilizou a população sobre a segurança no consumo de ovos e carne de frango. “Não há evidências de transmissão humana através do consumo desses produtos. Reforçamos também a importância de intensificar as medidas de biosseguridade nas granjas e orientar os produtores de subsistência sobre a responsabilidade com a sanidade dos animais,” afirmou Hand.

Apesar de raras, infecções humanas pela influenza aviária podem ocorrer por contato direto com aves infectadas ou ambientes contaminados. O subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, da Secretaria da Saúde (Sesa), informou que as superintendências regionais já estão sendo orientadas sobre os protocolos em caso de suspeita de infecção humana, com ênfase no uso de equipamentos de proteção individual (EPIs).

Estrutura do Comitê Gestor

O Comitê Gestor de Enfrentamento à Influenza Aviária foi criado em 2023 para coordenar as ações de combate ao vírus no Espírito Santo. Ele conta com a participação de diversos órgãos, incluindo a Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), Idaf, Sesa, Iema, Seama, Aves, entre outros.

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Primeiro Óbito por Dengue e Oropouche no Espírito Santo em 2025

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou o primeiro óbito por dengue no Espírito Santo em 2025. A vítima, um homem de 69 anos, faleceu em 19 de abril no município de Anchieta. Este é o primeiro óbito por dengue no Estado este ano. Além disso, a Sesa também confirmou o primeiro óbito por Oropouche, uma doença transmitida por mosquitos, no mesmo dia (19 de janeiro de 2025).

Caso de Dengue

O paciente de 69 anos, com comorbidades, como diabetes, apresentava histórico de viagem recente para o Rio de Janeiro. Após retornar a Anchieta, ele iniciou sintomas típicos de dengue, como febre, cefaleia, mialgia, dor retro-orbital e náuseas, e veio a falecer após quatro dias de agravamento da doença, incluindo sintomas graves como dor abdominal intensa e desconforto respiratório. O exame de RT-PCR realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/ES) confirmou a infecção pelo sorotipo 2 da dengue (DENV-2).

Até o momento, o Estado registrou 6.515 casos notificados de dengue, com 1.818 confirmados, sendo 38 casos graves ou com sinais de alarme. O Estado soma 17.698 casos confirmados e 354 casos graves ou com sinais de alarme, além do primeiro óbito registrado, resultando em uma taxa de letalidade de 0,29%.

Caso de Oropouche

Além do óbito por dengue, a Sesa confirmou também o primeiro óbito por Oropouche no Espírito Santo em 2025. O paciente, um homem de 52 anos, residente em Colatina, tinha histórico de hipertensão e cardiopatia. Ele faleceu em 16 de janeiro de 2025. O diagnóstico foi confirmado por RT-PCR. Este é o segundo óbito pela doença no Estado, sendo o primeiro em dezembro de 2024. Em 2025, o Espírito Santo registrou 6.524 casos confirmados de Oropouche.

Ações de Prevenção

A Sesa reforça a importância da prevenção para a redução de casos de arboviroses, como dengue e Oropouche. Ações contínuas de educação em saúde, como a Semana de Mobilização contra a Dengue, realizada de 31 de março a 5 de abril, e a capacitação de dois mil profissionais de saúde nas regiões do Estado, têm sido essenciais.

A Secretaria também alerta a população sobre as medidas que ajudam a reduzir os criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, como a eliminação de água parada em recipientes, e a manutenção de caixas d’água fechadas.

Orientações à População

A Sesa recomenda que, ao apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dores no corpo, náuseas, vômitos, manchas na pele ou sangramentos, a população deve procurar imediatamente atendimento médico. O diagnóstico precoce e o manejo clínico adequado são fundamentais para prevenir o agravamento da doença e possíveis óbitos.

“A qualificação dos profissionais de saúde tem sido crucial para a redução de casos graves e óbitos por dengue e outras arboviroses. O acompanhamento precoce tem resultado em diagnósticos mais rápidos e tratamentos mais eficientes,” explicou João Paulo Cola, referência técnica das Arboviroses da Sesa.